Giovanni Stanghellini, psiquiatra, psicoterapeuta e Doutor Honoris Causa em Filosofia da Universidade Chieti, em Itália, cativou os participantes no 3rd International Mental Health Meeting, em Lisboa, onde falou sobre a utilidade do diálogo na prevenção e tratamento de distúrbios mentais e na importância de olhar através da perspectiva do paciente.
Segundo Stanghellini, a maioria das perturbações mentais tem, na sua origem, uma disrupção no diálogo, seja ele interno ou externo.
O psiquiatra trouxe à audiência as suas investigações com o método “PHD” (fenomenologia, hermenêutica e psicodinâmica).
Com um papel amachucado, Stanghellini exemplificou o estado em que o paciente chega ao consultório depois das “experiências estranhas” que possa ter passado. “O trabalho dos clínicos passa por desdobrar o papel, este é o princípio básico da fenomenologia clínica. O paciente vem ter convosco como um papel que está pronto para ir para o lixo. O que vocês devem fazer é desdobrar este papel cuidadosamente para que consigam ler o que está à sua superfície”, salientouo também professor universitário.
